PALESTRA DR. MARCIO DE NARDI – Homeopatia para pecuária
março 20, 2013Agradecimentos
agosto 28, 2013Palestra Tania Orlando, Entendendo a Inteligência do Coração – 20 de março 2013
A palestra de hoje foi muito, muito boa. Não é fácil passar um bom texto a partir das minhas anotações, uma vez que diversos conceitos foram apresentados rapidamente. Portanto, espero dar a vocês uma ideia sobre o tema abordado. E que os torne interessados a procurar mais informações sobre o assunto e a palestrante, uma vez que seu site está referenciado acima. A física e astrofísica Tania Orlando começou falando sobre a rivalidade que tradicionalmente existe entre mente e coração. Esta ideia é frequente inclusive na educação, onde desde pequenos aprendemos a separar os dois, cérebro e coração. Para viver melhor, devemos aprender a trabalhar a coerência entre coração e mente, sendo coerência é quando todos os elementos de um sistema estão em equilíbrio ou absolutamente focados. Não temos que valorizar um ou outro, mas sim unificar os dois. A mente, o cérebro, trabalham nossa sobrevivência; já o coração trabalha a cooperação. Entre eles há uma comunicação que se processa em outro nível, em nível energético, seja no sentido espiritual ou no aspecto físico. Nossas células trabalham em cooperação especializada. Trabalham tanto em cooperação que acabaram se especializando. Mas se houver necessidade, podem suprir outras funções.
A Física moderna nos ensina que a realidade não existe como entidade absoluta. Nós a criamos, segundo a segundo. Não dá para separar observador de observado. Ambos são afetados. Aprendemos isto com David Bohn, físico inglês, com seu conceito de fenômeno da não localidade. Muitas destas ideias, quando você começa a aplicar no seu cotidiano, percebe que coisas diferentes começam a acontecer. Portanto, não precisa acreditar, mas sim experimentar!
Estado de emaranhamento é um conceito que diz que partículas sujeitas a um campo comum, ficam ligadas entre si. Levando para nossa vida, se a minha consciência vai ampliando-se, vai influir nas outras consciências. Situações isoladas vão acontecendo, até que se forme uma massa crítica, que provoca a mudança do todo.
O conceito de energia permeia tudo: informação é energia, portanto energia carrega informação. Em todos os momentos e situações existem infinitas possibilidades, e o que vai acontecer é onde você coloco seu foco. Se você foca no “não vou conseguir”, você cria isto, e provavelmente a situação vai ocorrer, ou seja, “você não vai conseguir”.
Nosso coração é muito mais do que uma bomba, pois ele carrega também energia e informação. Tem uma linguagem própria, que é manifestada pela variação do batimento cardíaco. Esta maneira de se comunicar está ligada a uma frequência, frequência de onda, frequência de batimentos. O coração possui cerca de 40.000 células neurais, o que caracteriza um “cérebro” do coração. Este se comunica com o cérebro craniano e vice versa. O coração tem o campo eletromagnético 5000 vezes maior do que o do cérebro, e este campo se estende por até 3 metros ao nosso redor.
O que impede a comunicação entre o cérebro/mente e o coração? Lembre-se do papel do maestro em uma orquestra. Se o maestro se perde, toda a orquestra provavelmente se perderá também. Se o cérebro do coração e o cérebro craniano funcionam bem, tudo vai funcionar bem.
E por que surgem problemas? Por causa de ruídos, causados principalmente pelo stress, hoje algo considerado normal e aceitável. Tornou-se um estado natural de ser. As consequências de vivermos com tanto stress são muito grandes, como alteração do sistema hormonal (principalmente do DHEA, ligado ao envelhecimento), do cortisol, da imunoglobulina IgA, da saúde como um todo. Ocorre também o comprometimento de diversos órgãos comprometidos, e o organismo perde criatividade, eficiência e clareza, entre outras coisas. Além do stress, o ruído pode ser causado por raiva, medo, mágoa, tristeza, irritações, preocupações, etc
Com isto há queda da imunidade, aumentam os batimentos cardíacos, o ritmo da pressão arterial e a taxa de respiração. Se soubermos utilizar recursos para fazer com que o organismo entre em estado de coerência, os ritmos se normalizam.
Como fazer isto, como eliminar os ruídos e entrar em estado de coerência?
– você deve entender que você cria a sua realidade
– deve entender que somos todos ligados
– que o ideal é sair de um estado de energia estritamente mental
– que se criamos a nossa realidade, o universo é abundante: assim existe abundância para todos
– deve alimentar bons sentimentos
– deve alimentar-se energeticamente, por exemplo através da admiração de um belo por do sol, de sentir compaixão por uma pessoa, pela apreciação por uma pessoa ou por si próprio, através da observação de uma flor, etc.
Para as novas ideias da Biologia e da epigenética, a vida não é uma luta pela sobrevivências onde ganha o mais forte e não somos escravos de nosso DNA. O novo ponto de vista é de cooperação.
A inteligência da célula está na membrana, que é inteligente, tem mecanismos maravilhosos ao que entra e ao que sai da célula. O meio ambiente é o que altera, ativando ou desativando nosso DNA, por exemplo campos eletromagnéticos, moléculas, sons, cores.
A humanidade funciona como uma comunidade celular, apesar de nosso corpo possuir trilhões de células.
Um exemplo interessante é pensarmos em um domingo de sol, em que vamos passear em um belo parque, nos sentar na grama, observar ambiente. Vemos casal de namorados apaixonados e outro casal brigando. Logo cai uma típica chuva de verão, de uma hora para outra. O casal de namorados vai dar risadas, vai curtir, se preocupar com o bem estar do outro. O casal que estava brigando vai culpar o outro por ter vindo, reclamar da chuva, dizer que vai pegar gripe. Percebemos que a situação é a mesma, mas a percepção é absolutamente diferente. A percepção que gera emoções faz toda a diferença em tudo, inclusive no comportamento das nossas células.
Membrana da célula é fosfolipídica, com encaixes móveis de proteínas. Estas proteínas se especializam conforme as necessidades das células. Quanto mais tristeza ou depressão, por exemplo, há um aumento das proteínas nas membranas. Com as proteínas aumentadas, você vai sentir uma tentação de alimentá-las, dar função a elas. Assim, já que elas foram criadas por tristeza, você vai ter uma tendência a ter mais tristeza. É desta maneira, de forma reduzida, que pode-se entender que há um comportamento de vício em nossas emoções.
Somos o conjunto de nossas crenças. Somos o que acreditamos ser. Não há destino nem determinismo.
Estas ideias proporcionam que possamos atuar em três diferentes momentos sobre nossas emoções, e consequentemente sobre nossa saúde:
1 – Imagem congelada, em qualquer momento, qualquer lugar. Assim podemos cuidar das circunstâncias do momento.
2 – Ir direto ao ponto, para dissolver emoções antigas ancoradas no coração.
3 – Fazer contato com o coração, mantendo a via de conexão aberta e fornecendo alimento de boa qualidade para o coração.
Se você estiver em uma situação de stress, o que você pode fazer?
1 – coloque um ritmo para sua respiração. Pode ser qualquer um, e o mais básico é inspirar e expirar no mesmo tempo, isto é, com a mesma duração para a inspiração e para a expiração. Você deve, além da técnica, colocar seu sentimento. Não deve ter uma atitude de resignação sem consciência. Reconheça que existe a raiva, o medo, que a emoção que o está estressando entrou em contato com você e que você reconhece isto, mas não vai deixar que ela tome conta de você. Você não deve deixar que o maestro perca o tom da orquestra. Deve administrar a situação. Deve entender porque o fato que aconteceu trouxe o stress. Deve sair da energia que não serve para nada, analisar a situação de outra maneira, não com seu mental, mas sim com seu coração. O coração decide, o cérebro articula. Fomos projetados a interagir energeticamente com o outro, através do coração. O cérebro julga e insere medos, dúvidas, bloqueios, etc. Se você se acostumar a perguntar e confiar no coração, vai receber a resposta, entender e viver melhor. Aí poderá perdoar, não com resignação, mas com uma atitude consciente.
– preste atenção a seu coração. Isto vai tirar sua percepção da situação que não está boa e vai fazer com que você sinta seu batimento cardíaco (por exemplo, coloque a mão sobre seu coração).
– traga uma lembrança boa e tente revivê-la. Não adianta só trazer a boa lembrança, mas você terá que realmente abrir espaço em seu coração para que ela se instale.
– desta maneira você vai reequilibrar as emoções que a situação de stress causaram em você. Vai sair da reação e entrar na ação.
– não se esqueça de perguntar ao seu coração qual o melhor caminho para esta situação. A resposta sempre virá, talvez não no momento, mas cada vez mais rapidamente com a prática.
Sincronicidade: pelo conceito de ordem implícita de David Bohn você estará sempre no local certo, no momento certo, com a pessoa certa.
Devemos ter cuidado com nossos líderes ou gurus, para que não façamos uma transferência de responsabilidades para eles. Os verdadeiros líderes devem criar novas circunstâncias, e não fazer com que os outros sejam vítimas de circunstâncias. Não devemos estar à mercê da vida. Nós somos nossos próprios líderes e não devemos nosso poder a ninguém. Devemos assumir a responsabilidade sobre nós mesmos.
Finalizando Tania falou sobre a necessidade de sairmos da energia “do fazer”. Estamos em um ritmo de vida tão estressante que sempre precisamos fazer coisas. Devemos entrar no “ser” e sair do “fazer”. Se você, em vez de só fazer, conectar-se, muitas coisas vão acontecer naturalmente.
E terminou com uma frase de Martin Buber: “Liberdade e destino estão solenemente prometidos um ao outro e ligados em significado”.
Para mais informações, consulte o site www.inteligenciadocoracao.org, inclusive para workshops de finais de semana, ou dinâmicas para vestibulandos. Há também trabalhos para empresas, clínicas, hospitais, escolas.
Agradecemos a presença da Tania Orlando nos falando sobre estes aspectos muito interessantes, que podem nos ajudar a cuidar de nossa saúde integral, e a aceitarmos nossa responsabilidade sobre nossa saúde.